quarta-feira, 16 de junho de 2010

Aula 1: Aspectos históricos da psicologia

A psicologia foi considerada pré-científica por acreditar no dualismo alma e corpo. Os desvios do comportamento tinham explicações místicas. No séc. XIX começou-se a estudar o cérebro e deu origem a psicologia científica.

Linhas do pensamento psicológico:
Estruturalismo: Wundt e Titchener diz que o objeto de estudo é a consciência mediante introspecção e auto-obeservação controlada. Consciência imediata não é algo substancial, mas somente processos elementares da atividade mental: sensação, sentimento e imagem. Operações mentais centrais: atenção, intenção e meta. Ele interessava-se por anatomia e fisiologia.
Funcionalismo: Dewey, James, Darwin diz que o ponto central da psicologia esta na ação, aquilo que a mente faz. Estimulo-resposta.
Gestalt: O todo é maior do que a soma das partes, psicologia integrativa. Protesto ao estruturalismo que reduzia elementos complexos em coisas simples.
Conexionistas: Thorndike. Comportamento é modelado pelo ambiente. Leis: do efeito (aprendizagem se manterá ou não segundo reforçamento), do exercício (importância da prática para manter conexões nervosas e se fortaleça o aprendido) da disposição (não aprendemos sem disposição a isso).
Psicanálise: Freud dizia que o objeto da psicologia é o inconsciente, significado oculto das nossas ações.
Reflexologia: Pavlov estudou o reflexo condicionado.
Condutivismo: Skinner e Watson estudaram o condicionamento do comportamento voluntário.
Psicologia soviética: Vygotsky define a consciencia como a função mais especializada do cérebro e se desenvolve no contexto das relações sociais.
Psicologia humanista: Rogers e Maslow diziam que a natureza individual é única onde cada sujeito deve ser estudado como é, sem pre-estabelecimento de juízos ou conceitos.
Cognitivismo: Piaget dizia que a criança tem estruturas cognitivas que permitem adaptar-se ao ambiente. Epistemologia genética, desequilibração e equilibração.

Comentários: Eu enquanto Psicóloga não posso me calar. Encontrei um erro conceitual nos últimos capítulos do livro da disciplina Teorias de Aprendizagem e agora novamente neste capítulo do livro Psicologia do Desenvolvimento. Definiram Reforço negativo como "reduz ou elimina uma resposta" o que está errado, se é reforço, ele aumenta a probabilidade da ocorrencia de uma resposta, mas não acrescentando um estímulo agradável, como é o caso do reforço positivo, ele aumenta a ocorrência de uma resposta ocorrer retirando um estímulo aversivo. É interessante consultar o livro de Skinner para maiores esclarecimento.Espero ter ajudado.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Aula22: Formação profº/prática pedagógica

O professor não trabalha isolado, deve ser pesquisador na sua área para lidar com a diversidade da sala de aula. A avaliação deve ser um instrumento que identifique o problema e não certifique o fracasso e desigualdade.

Professores tendem a repetir o método que vivenciaram enquanto alunos. Repetem o que está dando certo sem refletir ou entender o que estão fazendo. Os alunos são submissos ao saber do professor e o professor é passivo no contexto escolar.

A desvalorização do professor tem origem política, eles sempre foram subordinados a órgãos de poder como igreja e Estado. Hoje os professores estão em último lugar na estrutura de poder da escola.

A formação do professor nunca se esgota e ele tem tempo reservado segundo a LDB para essa formação continuada.

A educação é responsabilidade de toda a sociedade e não só da escola.

Aula 21: Didática

É uma técnica tendo a sistematização do processo (tecnicismo - tradição militar) ou humanista que é o processo de empatia criado nas relações de afeto professor-aluno (contextação da ditadura). É a interdependência entre teoria e prática.

Antigamente acreditava-se que para ser bom professor, bastava ter bom domínio sobre o assunto.

A didática tradicional tem como tripé:
- Objetivos de ensino: ajuda a organizar o conteúdo antecipando os resultados que se espera. É dividido em:
  • Intenções ampliadas da educação (LDB/ PCN)
  • da escola (projeto político pedagógico)
  • do próprio professor (domínio do conteúdo)
- Os conteúdos de ensino: deve ter uma organização lógica
- Os métodos de ensino: as estratégias utilizadas pelo professor para transmitir conhecimento. Tem aspecto interno (condições cognitivas do aluno para assimilação) ou externo (contéudo). Os aspectos externos podem ser:
  • Método de exposição do professor: verbal, demonstração (excursão, experiências...), ilustração, exemplificação.
  • Métodos de trabalho independente: tarefa preparatória (verificar conhecimentos prévios e despertar interesse), tarefa de assimilação (exercício de temas já tratados), tarefa de elaboração pessoal (respostas do próprio pensamento do aluno) e estudo dirigido (reprodução do conhecimento após exposição da matéria). Fichas didáticas e instrução programada.
  • Método de elaboração conjunta (conversação aberta).
  • Método de trabalho em grupo: objetivo de cooperação
  • Atividades especiais: complemento que enriquece o conhecimento já adquirido.
Didática crítica ou didática moderna: faz parte de um contexto social e objetiva a transformação para uma nova sociedade. Instruções dialógicas.

Os planos devem ser flexiveis e vínculados com a realidade social dos alunos.

Aula 20: Formação de Professores

O professor é um líder democrático sem deixá-los em total liberdade.

É preciso qualidade nos cursos de formação de professores.

A escola hoje, garante acesso a maioria da população, mas isso não reduz a evasão e repetência.
A educação não traz lucro direto em um país capitalista.

A escola é aparelho ideológico do Estado, treinamento para o trabalho para os pobres e disseminação do ideal burguês.

A criança vive em silêncio em uma escola cheia de regras. O conhecimento fragmentado está fora da realidade do aluno, tornando-o alienado. O aluno sente dificuldade, pois não leva em consideração as diferenças culturais. O ambiente é muito diferente do seu e isso diminui a auto-estima do aluno.

A repetencia dá a possibilidade do aluno "reparar" o que não aprendeu, mas fica rotulado.

A escola deve ser um ambiente acolhedor que possibilite uma estabilidade emocional para que possa adquirir conhecimentos de forma prazerosa. A vida deve fazer parte da escola, para aumentar o interesse do aluno.

Professores despreparados que recebem um aluno especial o encaminha para um especialista aumentando a discriminação. Tendência a repassar o problema.

Aula19: Perrenoud: teoria das competências

Suíço, sociólogo.

Propõe um modelo educacional com ciclos de 3 anos para desenvolver as competências de sua faixa etária. A criança não deve repetir um ciclo, pois tem mais tempo para desenvolver competências específicas, assim a avaliação deve ser mais eficiente para identificar as dificuldades.

PQT (Programa de Qualidade Total)
Competência é a capacidade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos para solucionar com pertinencia e eficácia uma série de situações.

Assim na escola ou empresa busca-se alcançar os objetivos e cabe ao gestor capacitar seus funcionários para desenvolver competências necessárias para a realização de suas tarefas, bem como a resolução de problemas cotidianos com maior eficácia.

Na escola o tempo para o desenvolvimento de competências deve ser aumentado (ciclo de 3 anos).
Na empresa pensa-se em lucro e para ter lucro é preciso redução de tempo.

A competência é adaptativa, vai desenvolvendo conforme a necessidade.
Tem competências não escolares formadas na relação, assim o professor deve aproveitá-las.

A competência é o domínio prático que passa pela compreensão da ação. A habilidade é a ação em si.

O currículo escolar não é estático e a estrutura do conteúdo não garante por si a aprendizagem. O currículo deve ter mobilidade, deve ter diminuição dos conteúdos a serem transmitidos e os alunos devem ter um tempo maior para exercitar seus saberes.

A relação professor- aluno deve ser horizontal.
A finalidade da avaliação é identificar as dificuldades existentes.

Aula18: Gardner: Inteligências múltiplas

Psicólogo do desenvolvimento humano em Harvard. Diz que a inteligência não pode ser mensurada com testes de QI. Temos 7 competências independentes uma da outra:

- Inteligência linguística: o poeta deve captar as emoções da fonética e sintaxe das palavras. para quem não é poeta tem a capacidade de retórica, o potencial mnemonico e a capacidade de explicitação da linguagem.
- Inteligência musical: tom (melodia) e ritmo. tem aspectos afetivos e matemáticos.
- Inteligência lógico-matemática: confrontando objetos e ordenando-os que surge essa inteligência, vai do concreto para a abstração (Piaget).
- Inteligência espacial: capacidade de perceber uma forma ou um objeto, recriar experiência visual mesmo na ausencia de estímulos físicos.
- Inteligência corporal cinestésica: utilizar o próprio corpo de maneira expressiva, manipular objetos.
- Inteligência interpessoal: discriminar nossos próprios sentimentos, basear neles para entender e orientar nosso comportamento.
- Inteligência intrapessoal: capacidade de observar e fazer distinções entre outos indivíduos, seus humores e intenções.

Aula17: Ausubel:aprendizagem significativa

Psicólogo cognitivista dizia que a aprendizagem é o esforço de ligar o novo conhecimento com os conhecimentos anteriores. A aprendizagem é adaptativa por acomodação de novos conceitos a conceitos prévios modificando-os.

3 tipos de aprendizagem:
- Cognitiva (armazenamento organizado da informação na mente)
- Afetiva (sentimentos que acompanham a experiência cognitiva)
- Psicomotora (respostas musculares adquiridas por treino específico, paralela a cognitiva)

Conhecimentos já aprendidos atuam como ancora.
Ancoragem: ligar conhecimentos já adquiridos a novos, colocando-os em interação. Quando um conhecimento é ancorado (atrelado a outro) há maior probabilidade do conhecimento não se perder, levando a uma aprendizagem significativa.

Elementos subsunçores são facilitadores no processo de aprender que são os conehcimentos préviso e também os materiais usados pelo professor para tecer uma idéia inicial sobre um assunto.

A aprendizagem significativa pode acontecer de 3 formas diferentes:
- representacional (mais básica liga o símbolo ao significado)
- aprendizagem de conceitos ligados a representação de conceitos amplos (genéricos) classificados em categorias pelo aluno (faz abstrações a partir do símbolo, descola do real)
- aprendizagem proposicional (significado de idéias a partir de proposições)

A aprendizagem significativa pode ser enquanto sua organização:
- subordinado (o novo conhecimento depende do prévio para se ancorar)
- superordenado (novo material se liga a conhecimentos prévios)
- combinatório (um pouco dos dois).

Diferenciação progressiva: aprende-se idéias gerais primeiros e depois vai para as especificidades
Reconciliação integrativa: reorganiza a estrutura cognitiva quando novos conceitos se ligam aos prévios e dá outros significados.

Papel do professor
- determinar os conceitos que serão utilizados e a forma de apresentação
- identificar elementos subsunçores necessários para aprender um conteúdo
- diagnosticar o que o aluno já sabe (subsunçores)
- utilizar recursos que leve da aprendizagem conceitual para a significativa

Mapa conceitual é a relação entre conceitos, pode ser usado para a análise de curriculo, técnica didática, recurso de aprendizagem e meio de avaliação (rede de saber???)

Aula 16: Bruner: aprendizagem em espiral

New York, 1915, cognitivista.

Estudou sobre a participação ativa dos alunos na aprendizagem (descoberta e exploração das alternativas), pelo currículo em espiral (forma de apresentação da matéria) e pelo desenvolvimento intelectual do aluno.

Ensinar um conteúdo pode ser para uma criança de qualquer idade, desde que seja apresentado em termos da visualização que a criança tem das coisas.

Ao entrar na escola a criança já vem com habilidades específicas treinadas em seu convivio familiar.

Para ele, a aprendizagem ocorre por meio de experimentação, ligação entre idéias apresentadas pelo professor e conhecimentos prévios.

A descoberta é o ponto central de sua teoria.
Somos motivados pela curiosidade a interagir com o mundo e criar representações dele.
3 níveis de representação do mundo:
- Etapa emotiva (ou ativa): manipulação do mundo, pré-escolar, aquisição da linguagem (pré-operatório de Piaget).
- Etapa icônica: representa mentalmente os objetos e tem representação simbólica com desenhos (operatório concreto de Piaget).
- Etapa simbólica: opera hipoteses sobre outras realidades, pensamento organizado (operatorio formal de Piaget).

A aprendizagem em espiral compreende no mesmo conteúdo sendo apresentado mais de uma vez, mas em diferentes prismas e níveis de profundidade segundo a a etapa de desenvolvimento da criança.

4 características do ensino:
- Predisposição para aprender e explorar alternativas. 3 fatores envolvidos no processo:
  • Ativação: despertar o interesse do aluno sobre o assunto
  • Manutenção: errar pouco e acertar mais direcionando o ensino para beneficios concretos
  • Direção: direcionar o aprendizado para uma meta específica
- Estruturação e forma do conhecimento. 4 razões para se ensinar uma matéria a partir da sua organização:
  • Levar os alunos a entender seus fundamentos
  • Promover a aprendizagem a partir de principios gerais
  • Compreender com exemplos específicos e servir de modelo para generalização
  • Possibilidade de re-examinar seus conteúdos
3 características na estrutura para auxiliar o aluno a dominar o conteúdo:
  • A forma de representação utilizado pelo aluno no momento da apresentação da matéria
  • A economia no que diz respeito a memorização de conteúdos por parte dos alunos.
  • A potência efetiva de uma estruturação, o poder do aluno em descobrir algo por uma análise intelectual refinada.
- Seguenciamento dos conteúdos. Variáveis importantes no sequenciamento da matéria:
  • Conjunto de informações a serem transmitidas
  • Estagio do desenvolvimento em que se encontra o aluno
  • Natureza da matéria a ser apresentada
  • Diferença individual entre os alunos
- Formas de distribuição do reforço (premio e punição diferente dos behavioristas)

Aula 15: Madalena Freire

Filha de Paulo  Freire.
Ela vê na educação a possibilidade de humanização da sociedade.
O educador é responsável em tornar a aprendizagem prazeroza, aprendizagem tem a ver com afeto.
A aprendizagem se dá na troca com o meio e com os outros. o lugar do professor é de mediador, ele não deve ser autoritário e sim democrático.

A educação como arte está em ordenar a disciplina e as teorias, os centros de interesses e a idéia de que educar é ler a realidade. Atende as necessidades sociais, afetivas e cognitivas das crianças. O trabalho em grupo é un instrumento para a educação para a cidadania.

Para aprender deve-se admitir que está perdido, deve-se pensar em busca de hipóteses erradas até encontrar a certa. Ninguém pergunta no vazio, todos sabem alguma coisa. Pensar é difícil, pois dá medo da desorganização das idéias.

Aprender significa mudar e ensinar significa instrumentalizar a mudança.

Aula 14: Paulo Freire

Pernambuco, 1921, trabalhou com EJA.
Por contestar a educação tradicional (bancária) e ter uma postura política de conscientização dos oprimidos é exilado, mas ganha fama com diversos premios e livros.´
A pedagogia progressista não é neutra, é reflexo do contexto social. a educação não está centrada no professor ou no aluno, mas na relação.

A teoria de Paulo Freire é a pedagogia libertadora que questiona a relação do homem com a natureza e com outros homens para a transformação. Por isso é chamada de educação crítica. O importante não é a transmissão de conteúdos específicos, mas o despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida. O conhecimento é transmitido pelo diálogo.

Segundo seu método, deve-se alfabetizar o aluno com o seu vocabulário, não pode desconsiderar o contexto de onde o aluno veio, deve-se valorizar o aluno enquanto pessoa diminuindo assim a estigmatização e a exclusão escolar.

Com a alfabetização os oprimidos teriam seus lugares sociais. Essa educação não precisa estar dentro dos muros da escola, qualquer espaço é educacional.

Ele investigava 3 eixos do universo dos alunos:
- vocabular (inventário de palavras representativas do contexto cultural no qual os alunos estão inseridos, o inventário é formado em conversas livres e é chamado de palavras geradoras)
- temática geradora (é a eleição pelos alunos dos temas que mais os afetam)
- problematização dos temas propostos (alfabetizar é entender o mundo que nos cerca, estimulando o engajamento político e lutas para a transformação, para o aluno ser cidadão e sujeito da própria vida).

Para Paulo Freire a alfabetização é uma re-leitura do mundo.

Aula 13: Freinet e o método natural

França, 1896, magistério e militar. Engaja-se como ativista político lutando pela melhoria da qualidade de ensino em seu país.
Ele propôs a troca de correspondências entre alunos de diferentes escolas.
Reduzir a quantidade de alunos por turma (25 alunos)

Ele vê o homem como ser histórico (se constrói na relação com seus pares) e a educação é um processo dialético. A educação deve ser pautada na experiência para preparar o aluno (de qualquer realidade sócio-ecônomica) para o convívio social. Defende o trabalho cooperativo e liga a educação ao trabalho.

O trabalho é uma ferramenta educacional e a educação é uma ferramenta para o trabalho.

Atividades naturais:
- O livro da vida: registor das experiências das cirnças sobre conteúdos aprendidos.
- Intercâmbio interescolar: troca de cartas para conhecer outras realidades.
- Fichas de estudo: auto-avaliação por temas.
- Aulas passeio: zoológico, interagir concretamente com conceitos da sala de aula.
- Imprensa escolar: jornal escolar com as noticias recebidas pelas cartas.
- Texto livre: redação com tema livre para a livre expressão.
- Plano de trabalho: os alunos organizavam os conteúdos curriculares.
- Correspondência intraescolar: na mesma escola com crianças de séries diferentes.

A educação pelo trabalho é a educação por meio da experiência concreta com utilização de horta, tear, marcenaria, etc. As crianças aprendem de forma lúdica e cooperativa, assim deve-se aproveitar as características infantis como curiosidade e criatividade.

a avaliação é processual com fichas de estudo e planos de trabalho. Ele se reunia uma vez por semana com os alunos para apresentar as dificuldades e articulações do conhecimento.

Aula 12: Método Montessoriano

Italia, 1870, estudou medicina.
O método faz sucesso por ter materiais específicos, mas as escolas montessorianas são fechadas na 2ª Guerra, pois ela não apoia o regime fascista de Mussolini.

A pedagogia Montessoriana harmoniza inteligência e vontade, corpo e espirito, livre de repressão e pleno de diálogo, e reflexão sobre a auto-construção da criança.

Ela baseou-se em Seguin e a seriação, onde só podemos cobrar o domínio de uma tarefa quando todo o repertório necessário para realizá-la tiver sido dominado pela criança.

Ela trabalhava a formação completa da crinça com móveis criados  por eles mesmos. No Brasil o material ganhou respaldo na Escola Nova com a divulgação de Declory.

Montessori dizia que a criança é ativa na constroi seu próprio processo de aprendizagem, por isso as salas foram modificadas para ter movimento livre e facilitar a exploração (é pelo toque que a criança decodifica o mundo).

O material apresenta conceitos abstratos a partir da interação direta com o objeto:
- Desenvolvimento da vida cotidiana: ação de vestir (quadros de abotoar) organizar, etc.
- Material sensorial: jogos de encaixe
- Material cromático: peças enroladas em fios de seda em gradação de cores. Encaixes geométricos em molduras de madeira.
- Material de linguagem: letras de lixa, alfabeto móvel e ditado mudo.
- Material de matemática: material dourado.

Disciplinando a atividade a criança deve necessariamente se responsabilizar pelos objetos de uso pessoal, quanto pelos objetos de uso coletivo.

Aula 11: Emilia Ferreiro

Argentina 1950, estudou psicologia e foi discipula de Piaget. sua pesquisa sobre a linguagem infantil foi devido ao alto índice de fracasso escolar nas escolas mexicanas.
A alfabetização acontece em torno de como a criança representa o mundo, assim o professor deve compreender essa "leitura" do mundo pela criança.
As hipótese linguísticas são construídas pela criança antes do processo formal de alfabetização. Ela vai assimilando hipóteses sobre o objeto e signos. A leitura começa com desenhos, passa para um leitura representacional e depois a leitura de fato.

5 fases das hipóteses da leitura e escrita:
- Fase das garatujas: rabiscos que não são nem desenhos e nem palavras, não é compreendido por outro leitor. A criança pode reproduzir nas garatujas alguns traços da escrita.
- Fase da hipótese pré-silábica: escreve algumas letras e reconhece, mas não associa a letra a sua sonoridade.
- Fase silábica: associa grafia ao som. Para a criança as letras não podem ser repetidas.
- Fase silábica alfabética: conflito entre som e número de sílabas representadas. Palavras já tem mais de 3 letras e estas podem ser repetidas.
- Fase da hipótese alfabética: a criança consegue formar sílabas e das sílabas palavras.

Ela critica a cartilha, pois letra sozinha não representa nada e as palavras não tem relação com o dia a dia da criança pré-silábica. A cartilha desconsidera as aprendizagens anteriores e é reprodutivista e não reflexiva.

Ela diz que não é o professor que ensina a criança a ler, mas o processo de leitura já iniciou antes. O processo desloca do ensinar para o aprender (foco no aluno)

Erros de ortografia:
Regulares: diretas (pb - td) contextuais (r -rr)
Morfológico: gramatical (adjetivo esa - francesa e substantivo eza - certeza)
Irregulares: não tem regra, apenas memoriza a grafia.

Aula 10: Emoção, Movimento e Cognição

A psicomotricidade é dar aspecto comunicativo ao corpo. Dominar seu corpo e sua energia.
O esquema corporal é a organização das sensações do próprio corpo. O corpo acompanha o desenvolvimento da criança por ser a primeira forma de relação com o mundo.
A educação do esquema corporal deve evoluir do global (Unidade do corpo), da ação (a própria atividade) para a reflexão (compreensão e controle do movimento em determinada atividade).
O professor deve incentivar movimentos que inclua força muscular, destreza, agilidade e flexibilidade.
As atividades envolvendo o corpo desenvolvem noção de espaço e posição que auxilia as noções matemáticas.
A música auxilia no afeto, cognição e desenvolvimento psicomotor. O movimento humano desenvolve-se pelo ritmo, equilibrio e lateralidade.
A psicomotricidade relacional diz respeito aos problemas de relacionamento enfrentados no ambito psicomotor. Assim, sua função é desenvolver núcleos psicoafetivos dos sujeitos em relação potencializando por meio do movimento a compreensão de si e do outro.
Para Wallon o ato mental se desenvolve a partir do ato motor. Ele divide os movimentos em:
Involuntários (inatos e reflexos condicionados) e voluntários (depende da inteligência e do afeto).
O ato volitivo depende de 4 etapas:
- intenção ou propósito
- deliberação (ponderamos os motivos)
- decisão
- execução
Alterações psicomotoras:
- Estupor: perda de atividade espontânea
- Agitação  ou inibição psicomotora (ex. depressão ou mania)
- Maneirismo: gestos artificiais
- Ecopraxia: imitação de um comportamento sem propósito
- Estereotipias: repetição automática (tique nervoso)
- Negativismo: oposição ativa ou passiva (deixa de fazer o que se pede)
- Obediencia automática
- Catalepsia: hipertonia
- Extravagâncias cinéticas: perda de naturalidade
- Dicinesia: movimento involuntário repetitivo e anormal